E se o futuro [que já é presente] da educação busca conhecimentos aplicados em soluções reais, há um movimento de jovens e profissionais indo em busca de instituições estrangeiras, com o propósito de um dia retornar ao seu país de origem para aplicar os conhecimentos na prática.
Tendências Atuais e Futuras
Tendência 1: Microcertificação e Badges
À medida que a tecnologia transforma vários setores, o que o mercado de trabalho precisa e o que os empregadores procuram dos seus colaboradores mudará a uma taxa ainda mais rápida. Por exemplo, quem atua na Contabilidade fará o mesmo trabalho, mas precisará saber trabalhar com inteligência artificial. Isso vai exigir capacitação e aperfeiçoamento constantes, conforme as necessidades do mercado [ou dos empregadores] mudem.
As competências podem ser desenvolvidas nas aulas e muitas outras atividades na escola, como as socioemocionais. Isso mostra como badges podem quebrar o sistema tradicional de avaliação, que só considera o que foi feito em um curso específico”. – Nate Otto, diretor da Badge Alliance.
Tendência 2: As Soft Skills continuarão a ser importantes, mas a maioria das empresas exigirá um bom a alto nível de competência tecnológica.
Hoje, há uma ênfase crescente em “habilidades socioemocionais” para o mercado de trabalho. Muitos especialistas preveem que essas habilidades ajudarão os trabalhadores a se diferenciarem de seus colegas na disputa de uma vaga de emprego.
Como profissional você terá que se perguntar o tempo todo, como a tecnologia afetará sua indústria e seu trabalho.
Se você trabalha na área de vendas ou marketing, por exemplo, terá que ter conhecimento em Inteligência Artificial e Big data para gestão de Leads e de clientes.
Tendência 3: A evolução da educação integral
Existem alguns movimentos que indicam uma preocupação com a evolução da educação integral. Um deles pode ser o resgate da Filosofia, para abranger aspectos mais subjetivos do conhecimento soft.
Já no mundo dos negócios, de acordo com o filósofo Damon Horowitz, a filosofia pode contribuir muito com empresários, já que desenvolve fortes habilidades de pensamento crítico e instintos de negócios. Inclusive, muitos líderes do mundo da tecnologia, como o cofundador do LinkedIn Reid Hoffman ao fundador do Flickr Stewart Butterfield – afirmam que “estudar filosofia foi o segredo do seu sucesso como empreendedores digitais “. De qualquer forma, a filosofia é a ciência que busca resgatar a sabedoria que resulta dos estudos sobre a existência, os valores e a razão.
Tendência 4: Aprendizagem personalizada
Também conhecida como Aprendizagem Adaptativa, a proposta é oferecer um aprendizado sob medida para as necessidades e o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Tecnologias como Inteligência Artificial e Big/Small Data, ajudam a compreender padrões de aprendizado e habilidades cognitivas, ao mesmo tempo em que também customiza, em tempo real, o conteúdo e os testes. Em uma plataforma que utiliza o recurso, o estudante acompanha estatisticamente sua evolução, as aulas que deverá assistir e pontos de dificuldade. Nessa perspectiva, o professor assume o papel de facilitador.
Tendência 5: Aprendizagem por projetos
A aprendizagem baseada em projetos requer orientação do professor ou facilitador e colaboração em equipe. Tem como prioridade o processo de aprendizagem e a interação entre os alunos, e não o produto final. Os alunos são a peça central e incentivados a elaborar perguntas e fazer mudanças em produtos e ideias com base nas respostas (individual e coletiva) a essas perguntas. A experiência do professor/facilitador é usada como ferramenta para ajudar a projetar produtos e artefatos, que, muitas vezes, abordam problemas ou desafios importantes para os alunos. Eles podem jogar, experimentar, fazer simulações, abordar problemas e trabalhar com colegas e membros da comunidade em busca de conhecimento.
Tendência 6: Aprendizagem cooperativa
A ausência de metodologias participativas nos métodos de ensino tradicionais nas escolas faz com que crianças e adolescentes se ocupem cada vez mais com atividades individualistas e competitivas. Essas metodologias, que tem a competição como principal motor, reforçam a concorrência e o sentimento de baixa eficácia pelos que obtêm menor aproveitamento nos estudos, reforçando a exclusão social, além de não preparar os jovens para os desafios e exigências da sociedade.
Não que a competição não tenha seus benefícios: ela pode melhorar o desempenho e a velocidade na aprendizagem. Mas, vários estudos indicam que, em ambientes cooperativos, os alunos têm um desempenho acadêmico melhor, relações mais positivas com os colegas de classe e um apego mais forte à escola.